As moedas e as cédulas de real são feitas na Casa da Moeda, que fica no distrito industrial de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Mas nem todas as etapas da produção da grana rolam por lá. As grandes folhas de papel que vão virar notas, por exemplo, já chegam à Casa da Moeda pré-preparadas, fornecidas por empresas terceirizadas – que também entregam a matéria-prima que dá origem às moedas. Ligada ao Ministério da Fazenda, a Casa da Moeda tem três prédios: um para a fábrica de cédulas, outro para a de moedas mesmo e o terceiro para a gráfica geral, que imprime documentos como passaportes e carteiras de motorista. Essa dinheirolândia tem 500 mil m2 e emprega quase 2 mil funcionários.
É claro que, por conta da grana alta que sai de lá, o lugar tem um superesquema de segurança. Os empregados, por exemplo, usam crachás personalizados que só dão acesso ao prédio em que trabalham. Há também câmeras por todos os lados e, para evitar riscos, a matéria-prima que vai virar dinheiro fica armazenada no almoxarifado em quantidades pequenas, suficientes para apenas dois dias de produção. No final de cada dia de trabalho,, e depois que sai do parque industrial vira responsabilidade do Banco Central. A Casa da Moeda tem capacidade para produzir 2 bilhões de cédulas e 1,2 bilhão de moedas por ano. toda grana é conferida e lacrada
MOEDAS:
Moedas levam dois dias para ficar prontas, enquanto as notas demoram nove.
1- A Casa da Moeda compra de uma empresa terceirizada o metal que vai ser transformado em dinheiro. Dependendo da moeda, mais de uma matéria-prima é usada. A de 1 real, por exemplo, leva aço inox e aço-carbono (material do aro que a envolve). Esses metais chegam lisinhos, mas já cortados em formato de discos
2- Para facilitar a identificação, as moedas ganham tamanhos e cores diferentes. Por isso, o aço-carbono do aro da moeda de 1 real passa por um banho galvânico: ele é mergulhado em uma solução com bronze e recebe uma corrente elétrica que faz o metal amarelado aderir ao aço
3- Após algumas horas de secagem, o aro da moeda está pronto para ser cunhado. Ele e o núcleo da moeda de 1 real (que não passou pelo banho galvânico) seguem para uma prensa por meio de uma esteira rolante. Com até 60 toneladas de pressão ela marca as duas faces da moeda (cara e coroa) ao mesmo tempo. São até 850 moedas cunhadas por minuto
4- A moeda de 1 real (única bimetálica do país) passa mais uma vez pela prensa para que as suas duas partes (aro e núcleo) se unam. Também por meio da pressão, o núcleo de aço inox se encaixa no aro de aço-carbono “bronzeado”. Esse processo de produção leva dois dias para terminar
NOTAS:
1- O papel das notas chega à Casa da Moeda em grandes folhas que já possuem itens de segurança, como o fio magnético e a marca-d’água (desenho que aparece contra a luz). A marca-d’água é feita com tramas de filetes de cobre que marcam o papel quando ele ainda é uma pasta, antes de virar “sólido”
2- A grande folha de papel vai para uma primeira impressora, que trabalha simultaneamente os dois lados das futuras cédulas. Ela imprime as microletras, o registro de coincidência (esfera que tem nos dois lados da nota) e a tonalidade mais clara do fundo colorido da cédula. A tinta demora cerca de 48 horas para secar.
3- Depois de seca, a folha segue para uma segunda impressora, que acrescenta, com o uso de chapas em baixo relevo, os outros itens visuais da cédula: algarismos, desenhos, tarjas e o fundo mais escuro. Essa máquina imprime um lado de cada vez, com intervalos para secagem de até 72 horas
4- Uma terceira impressora marca as cédulas com as assinaturas do ministro da Fazenda e do presidente do Banco Central e ainda os números de série que identificam cada nota. Aí só falta cortar a grande folha de papel (que rende 50 notas) e embalar as cédulas, que estão prontas para circular no país, após nove dias sendo produzidas
5- Tanto as moedas como as cédulas saem da Casa da Moeda em caminhões do Banco Central, escoltados por viaturas da Polícia Militar, e são distribuídas às agências bancárias. As moedas têm uma vida útil de até 20 anos.
Já as notas circulam por muito menos tempo: as de 10 reais, por exemplo, são recolhidas após 22 meses no mercado.
2 comentários:
vo fazer em casa!
pra onde vai todo esse dinheiro fabricado?
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